São Paulo tem nova derrocada na reta final e vê objetivos ameaçados no Brasileiro

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Uma dura coincidência volta a impactar o São Paulo nesta reta final do Campeonato Brasileiro. A exemplo do que já foi enfrentado em 2018 e 2019, pela terceira vez seguida o time cai de rendimento no segundo turno, desperdiça vantagem e vê o objetivo ser ameaçado. A equipe do Morumbi deixou escapar nesta temporada uma folga de sete pontos para o vice-líder e agora está na segunda posição, atrás do Internacional.

A goleada sofrida por 5 a 1 no Morumbi, na última quarta-feira, deixa a equipe com o aproveitamento de apenas 55% dos pontos no segundo turno. Na primeira metade, o São Paulo teve rendimento melhor, de 68%. Outros números também escancaram o declínio. Quatro das seis derrotas de todo o campeonato foram registradas no segundo turno e um terço de todos os gols sofridos foram anotados nos quatro últimos compromissos.

"Eu acredito que a gente é capaz de reverter esse quadro, já mostramos que temos condições. Temos pessoas de caráter para buscar as vitórias que precisamos", disse o técnico Fernando Diniz. O lateral-esquerdo Juanfran admite que o time ainda está abalado pela eliminação diante do Grêmio pela Copa do Brasil. "Depois da eliminação do Grêmio a cabeça não ficou boa. É o mesmo quando você tem um momento ruim na vida pessoal, agora é um momento ruim na vida profissional", comentou.

A mesma queda que nesta temporada ameaça tirar o título do São Paulo custou bem caro em 2018. A equipe dirigida pelo técnico Diego Aguirre liderou grande parte do Brasileirão após conquistar 76% dos pontos disputados no primeiro turno. Na segunda metade a campanha piorou tanto que o rendimento caiu para 41% e o time não conquistou nem metade dos pontos possíveis nos 10 jogos finais.

O treinador uruguaio acabou demitido e o São Paulo saiu de postulante a título para ser um time que terminou somente na quinta posição, fora até mesmo de vaga na fase de grupos da Copa Libertadores. No ano seguinte, o clube passou por uma oscilação mais sutil. O equipe conquistou apenas um ponto a menos no segundo turno em comparação à primeira metade (32 a 31), mas como os rivais cresceram de rendimento, por pouco a vaga na Libertadores não escapou.

O time já era dirigido por Fernando Diniz e só conseguiu se garantir na fase de grupos da competição porque em vez de G-4 a temporada teve um G-6. Os títulos do Flamengo na Libertadores e do Athletico-PR na Copa do Brasil permitiram que o sexto lugar fosse suficiente para garantir a classificação. Apesar disso, nos dez jogos finais do Brasileirão de 2019 o time também penou. O aproveitamento foi de apenas 47% dos pontos nesse período.

"Precisamos aprender a não oscilar tanto, esse é o ponto negativo do momento, oscilamos e fizemos apenas um ponto (nos quatro últimos jogos), quando tínhamos uma sequência de quase 12 jogos sem derrota. Agora vai chegar o momento mais importante da temporada, precisamos recuperar", disse o meia Daniel Alves nesta quinta-feira. "Os jogadores precisam recuperar a confiança que foi perdida. Os jogadores cada vez mais juntos têm cada vez mais chances de recuperar essa confiança, que é muita coisa no futebol. Estamos todos muito juntos para buscar essa recuperação", afirmou o diretor executivo de futebol Raí.

Um alento para as sete partidas restantes é ter compromissos contra adversários que fazem campanha ruim. O próximo rival é o Coritiba, que está na zona de rebaixamento. Embora o cenário em termos de classificação para a Libertadores seja confortável, o temor do São Paulo é mais uma vez terminar o Brasileirão em um viés de declínio e não com um cenário de reação.

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